Licenciamento Ambiental para Atividades Efetivas ou Potencialmente Poluidoras

Licenciamento Ambiental para Atividades Efetivas ou Potencialmente Poluidoras

O que Você Vai Ver Neste Artigo

  • O que é o Licenciamento Ambiental e sua Importância
  • Principais Atividades que Requerem Licenciamento Ambiental no Rio Grande do Sul
  • Impacto Local x Impacto Estadual: Competências e Regras para o Licenciamento
  • Exceções e Especificidades no Licenciamento de Atividades Correlatas
  • Processo de Licenciamento Ambiental: Passos e Procedimentos
  • Regras Específicas para Supressão de Vegetação Nativa e Uso de Recursos Hídricos
  • Como a Legislação Ambiental se Aplica em Diferentes Municípios
  • FAQ: Perguntas Frequentes sobre Licenciamento Ambiental no Rio Grande do Sul

O que é o Licenciamento Ambiental e sua Importância

O licenciamento ambiental é um processo essencial para regulamentar atividades que possam causar impacto ao meio ambiente, como a utilização de recursos naturais ou a geração de poluentes. Esse processo assegura que os empreendimentos estejam de acordo com as normas ambientais vigentes, minimizando os impactos negativos e promovendo a sustentabilidade. No Estado do Rio Grande do Sul, a Resolução CONSEMA 372 de 2018 define as diretrizes para o licenciamento ambiental de atividades que possam, de alguma forma, impactar o meio ambiente.

Principais Atividades que Requerem Licenciamento Ambiental no Rio Grande do Sul

No Rio Grande do Sul, atividades que utilizam recursos ambientais ou têm potencial de causar degradação ambiental devem passar pelo processo de licenciamento. Algumas das atividades que são destacadas incluem:

  • Indústrias de grande porte
  • Agricultura intensiva
  • Empreendimentos de mineração
  • Obras de infraestrutura
  • Atividades de geração de energia

Essas atividades, categorizadas no Anexo I da Resolução CONSEMA 372/2018, variam em termos de impacto, porte e complexidade, e estão sujeitas a diferentes níveis de licenciamento, seja municipal ou estadual.

Impacto Local x Impacto Estadual: Competências e Regras para o Licenciamento

Uma questão central na regulamentação ambiental é a delimitação das competências de licenciamento. No caso de impactos de âmbito local, a competência geralmente é do município. Porém, se a área física do empreendimento ultrapassar os limites de um único município ou causar impacto que extrapole essas fronteiras, a responsabilidade passa a ser estadual.

Outro ponto importante é que, mesmo em atividades de impacto local, o município pode exigir um licenciamento mais rigoroso, de acordo com suas peculiaridades. Nesses casos, a decisão deve ser comunicada à Secretaria Estadual do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SEMA/RS) para garantir transparência e a integração no Sistema Estadual de Informações Ambientais.

Exceções e Especificidades no Licenciamento de Atividades Correlatas

O licenciamento ambiental também aborda as atividades correlatas—aquelas que estão diretamente relacionadas à atividade principal de um empreendimento. Em situações onde mais de uma atividade correlata está presente em um único empreendimento, o órgão responsável será aquele que licencia a atividade-fim principal. No entanto, algumas exceções incluem:

  • Atividades correlatas de diferentes pessoas jurídicas ou físicas
  • Mineração e dragagem em corpos hídricos, que exigem licenciamento específico

Essas regras garantem que todas as atividades envolvidas em um empreendimento sejam devidamente monitoradas e regulamentadas.

Processo de Licenciamento Ambiental: Passos e Procedimentos

O licenciamento ambiental segue um processo rigoroso que inclui diversas etapas. Algumas das principais fases incluem:

  1. Definição da Atividade e Porte: Avaliação inicial para determinar a categoria do empreendimento.
  2. Estudos Ambientais Preliminares: Realização de estudos como o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA).
  3. Audiências Públicas: Discussões com a comunidade para abordar preocupações e apresentar soluções.
  4. Análise pelo Órgão Ambiental: Avaliação dos estudos e documentação pelo órgão licenciador.
  5. Emissão da Licença: A licença é emitida após a aprovação, sendo categorizada em Licença Prévia (LP), Licença de Instalação (LI) e Licença de Operação (LO).

Regras Específicas para Supressão de Vegetação Nativa e Uso de Recursos Hídricos

Empreendimentos que envolvem a supressão de vegetação nativa no Bioma Mata Atlântica ou em áreas florestais no Rio Grande do Sul devem seguir regras específicas. Esses casos exigem autorizações adicionais e, em alguns municípios, a competência pode ser delegada por meio de convênios específicos com o órgão estadual.

Da mesma forma, atividades que necessitam da captação de água superficial ou subterrânea estão sujeitas à obtenção da Outorga do Direito de Uso da Água. O lançamento de efluentes também deve observar o enquadramento definido pelo Conselho Estadual de Recursos Hídricos, conforme estabelecido na Resolução CONSEMA 355/2017.

Como a Legislação Ambiental se Aplica em Diferentes Municípios

Cada município pode ter suas próprias normas e exigências ambientais, que complementam as regras estaduais e federais. Isso pode incluir, por exemplo, o licenciamento municipal para atividades consideradas de baixo impacto no Anexo I da Resolução CONSEMA. Essas decisões locais devem ser comunicadas à SEMA/RS, assegurando que haja uma coordenação adequada entre as esferas de governo.

FAQ – Perguntas Frequentes sobre Licenciamento Ambiental no Rio Grande do Sul

1. Quais atividades precisam de licenciamento ambiental no Rio Grande do Sul?

Atividades que utilizam recursos ambientais ou têm potencial de causar poluição ou degradação ambiental, como indústrias, agricultura intensiva, mineração e obras de infraestrutura.

2. Quem é responsável pelo licenciamento de empreendimentos que ultrapassam os limites de um município?

Nesses casos, o licenciamento passa a ser de competência estadual, pois o impacto deixa de ser considerado local.

3. Como as atividades correlatas são licenciadas?

Atividades correlatas são licenciadas em conjunto com a atividade principal, desde que estejam sob a mesma pessoa jurídica ou física.

4. O que acontece se uma atividade não precisar de licenciamento ambiental?

Mesmo que o licenciamento ambiental não seja necessário, o empreendimento deve cumprir outras autorizações e licenças exigidas pela legislação vigente.

5. Como o licenciamento ambiental considera a supressão de vegetação nativa?

A supressão de vegetação em áreas de impacto local pode ser autorizada pelo município, desde que haja convênio com o órgão estadual.

6. Quando é necessário obter a Outorga do Direito de Uso da Água?

A outorga é necessária sempre que o empreendimento envolver a captação de água superficial ou subterrânea.

7. Quais são os documentos exigidos no licenciamento ambiental?

Os principais documentos incluem o EIA/RIMA, autorizações para supressão de vegetação, outorga para uso da água e relatórios técnicos específicos.

8. Qual é a validade das licenças ambientais?

A validade das licenças varia conforme a fase do projeto e a categoria da licença (LP, LI, LO), sendo renováveis periodicamente.

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